A maternidade é um momento marcante na vida e na carreira das mulheres, contudo conciliar as atividades nessas duas frentes traz inúmeros desafios. A afirmação é da mãe do Pedro e da Larissa, psicóloga e chefe da seção de Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel. Segundo ela, conciliar a vida profissional com os filhos não é uma tarefa fácil, mas é possível.

“Um dos desafios que a mulher encontra hoje quando ela pretende ser mãe e profissional é o preconceito”, explica Adriana Perim. De acordo com um levantamento da Revista Crescer, cerca de 94% das mulheres relatam ter dificuldade para conciliar a carreira com a maternidade. Preconceito com a mulher que se torna mãe e a falta de flexibilidade no trabalho são os motivos mais lembrados por essas profissionais. 

“Em algumas empresas, a gente percebe uma falta de habilidade de treinamento por parte de alguns profissionais que fazem certas perguntas invasivas e discriminatórias. Muitas mães acabam não sendo escolhidas no mercado de trabalho em função da sua vida pessoal”, afirma a chefe da seção de Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel.

Além do preconceito e do despreparo das empresas, um outro desafio da mulher que escolhe ser mãe é a sobrecarga de tarefas. A soma desses fatores pesa emocionalmente para a mulher e faz com que cerca de 30% delas abandonem seus cargos em até dois anos após o parto, a fim de se dedicarem exclusivamente aos filhos.

De acordo com a Adriana Perim Maciel, antigamente esse cenário de abdicar da vida profissional era mais comum. “Hoje o cenário mudou, e isso é muito bom, porque as mulheres estão vendo que é possível ser mãe e ter sucesso na carreira, essa escolha é desafiadora, mas não impossível”, destaca.

Autoestima

Por mais desafiador que seja, conciliar a carreira com a maternidade pode ser um ponto positivo para o desenvolvimento pessoal da mulher. “Cuidar dos filhos é bom? É maravilhoso. Mas poder desempenhar outros papéis, realizar outras atividades que não estão diretamente ligadas a esse cuidado também é gratificante como mulher, colabora para a sua autoestima”, esclarece a profissional.

Direitos

Conhecer os seus direitos enquanto gestante e pós parto também pode contribuir para uma experiência mais leve no momento de conciliar maternidade e carreira. Segundo a chefe da seção de Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel, a mulher grávida tem direito à estabilidade garantida por até 5 meses depois do parto.

“Caso exerça uma função que comprometa a sua saúde, a gestante tem direito à mudança de cargo sem alteração de salário e benefícios. Depois do nascimento desse filho, ela tem uma licença remunerada de 120 dias podendo ser estendida por até 180 dias. Durante o período de aleitamento materno exclusivo, até a criança completar seis meses, essa mãe tem o direito também de ter duas saídas durante a jornada de trabalho, de 30 minutos cada”, orienta.

Rede de apoio

Uma rede de apoio funciona como um ecossistema de pessoas próximas que podem ajudar em momentos em que a mulher precisa de auxílio. Assista ao vídeo abaixo e saiba o que a chefe da seção de Recrutamento e Seleção do Sesc e Senac Goiás, Adriana Perim Maciel, falou sobre esse ponto e outros em relação à maternidade e carreira.