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Como lidar com as consequências da pandemia na Educação

Momento Sesc Saber conversou com a coordenadora pedagógica Fernanda Rezende, que falou dos impactos da Covid na vida escolar de crianças e adultos


O Momento Sesc Saber de hoje bateu um papo com a coordenadora pedagógica geral do Sesc Cidadania, Fernanda Rezende de Souza, para saber quais consequências a pandemia trouxe para a Educação e como a sociedade deve lidar com esse problema daqui para frente.  

É fato que as consequências não foram apenas negativas. A popularização das aulas online, por exemplo, antecipou uma tendência que permite que as pessoas tenham acesso à educação formal sem precisar estar presencialmente em uma instituição de ensino. “Tivemos que nos readaptar e reinventar. Os professores tiveram que sair da zona de conforto do ensino presencial e passar a ministrar aulas por plataformas online. Entendemos isso como uma consequência positiva, visto que tivemos que realocar e adaptar esse ensino, podendo transformá-lo num ensino à distância”, destaca Fernanda.  

Por outro lado, é impossível ignorar que as consequências negativas foram maiores que as positivas. Na educação básica, por exemplo, que lida com crianças e adolescentes, a questão da socialização foi algo que sofreu um impacto significativo, visto que os alunos tiveram que ficar no mínimo por oito meses em casa, estudando de forma 100% online, sendo privados da relação com os colegas e professores.  

De acordo com a coordenadora, com relação aos adultos foi possível observar, entre outras coisas, a redução do networking e desinteresse. “Apesar dos adultos já estarem inseridos no universo EAD, que é o Ensino à Distância, muito antes da pandemia, esse momento específico fez com que muitos alunos se sentissem desestimulados e até o interesse pelas aulas foi reduzido”, diz Fernanda. 

O que fazer de agora para frente?  

Para lidar com as consequências que a pandemia trouxe para a Educação, principalmente para o ensino básico, Fernanda acredita que será necessária uma integração ainda maior entre as famílias a e escola. “Isso será preciso para que a gente consiga reduzir os danos, para que a gente consiga acolher essas crianças e adolescentes da melhor maneira possível, evitando assim transtornos futuros”, avalia. 

Já para os adultos que porventura perceberem alguma dificuldade no retorno às aulas, a coordenadora pedagógica orienta que ele recorra ao diálogo com os professores e com as entidades de ensino para que, juntos, encontrem a solução para cada demanda. Fernanda orienta ainda que caso a dificuldade extrapole o nível pedagógico e seja de ordem psíquica e emocional, que este adulto procure ajuda especializada com psicólogo, terapeuta ou até psiquiatra.  

“É importante ressaltar que cada criança, cada adolescente e até mesmo o adulto tem o seu tempo, suas necessidades, as suas dificuldades. Por isso, neste momento o ideal é que a gente tenha paciência, que a gente entenda que cada um tem a sua individualidade e que neste momento precisamos nos ajudar e nos apoiar. Vamos ter fé e acreditar que dias melhores virão e que tudo isso vai passar”, diz, esperançosa, Fernanda.