O processo de ter amigos é importante em qualquer momento da vida, contudo na adolescência a amizade está ligada ao desenvolvimento emocional e social do indivíduo. A afirmação é da psicóloga escolar do Sesc Cidadania, Thalita Martins. De acordo com ela, a adolescência é a fase de formação da personalidade e para isso é fundamental a interação com o outro e com o mundo.

“Nesse momento eles começarão o processo de identificação, ou seja, identificar os grupos e as pessoas que eles possuem mais características em comuns”, explica a psicóloga.  Conforme o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), é considerado criança quem tem até 12 anos incompletos. Já entre 12 e 18 anos são adolescentes.

Durante esse período, ter um amigo envolve autoestima, contribui no aprendizado de lidar com as relações, além de saber assimilar as primeiras frustrações e conflitos da vida. Porém, hoje em dia é muito comum, com todo o acesso que os adolescentes têm com as redes sociais, o jovem confundir seguidores com amizades.

“Cada vez mais os nossos adolescentes têm a necessidade de ter curtidas e muitos seguidores, mas a gente precisa entender que seguidores não são amigos. Você ter muitos seguidores no seu Instagram, não quer dizer que você tenha muitos amigos”, explica a psicóloga Thalita Martins.

Ela garante que amigo é aquela pessoa que você pode contar para todos os momentos da vida e não apenas a pessoa que entra no seu perfil da rede social e curte uma foto ou deixa um comentário legal. A amizade é pautada em princípios que são maiores, assim como o vínculo afetivo.  

Família

A adolescência é uma fase complexa para toda a família. Se por um lado os pais se alegram com o crescimento dos filhos, por outro a crescente importância da opinião dos amigos pode deixá-los de cabelo em pé. Segundo a psicóloga escolar do Sesc Cidadania, Thalita Martins, neste período é natural o distanciamento do adolescente com o ambiente familiar.

“Isso gera um estranhamento para os pais, devido a todas as mudanças e a proximidade dos filhos com os grupos de afinidades. Diante disso, é importante que os pais tenham compreensão e aprendam a lidar com a situação. Os pais precisam estabelecer relações de proximidade com seus filhos e ter uma comunicação assertiva, assim como precisam estar perto e criar vínculos com os amigos dos filhos”, ressalta Thalita Martins.

Para conferir a entrevista completa com psicóloga escolar do Sesc Cidadania, Thalita Martins, basta assistir o vídeo abaixo: